Nunca mais vou me desculpar por ser quem eu sou.

Pelo riso alto, pela lágrima fácil, pela intensidade que incomoda quem vive na superfície.
Não vou pedir perdão pela minha força — nem pela minha fragilidade.
Não vou diminuir minhas ideias, meu brilho ou meu silêncio para caber em moldes apertados.

Passei tempo demais tentando suavizar o que em mim era verdade.
Tempo demais tentando agradar, encaixar, silenciar o que gritava dentro.
Agora, escolho habitar minha inteireza.
Mesmo que desagrade. Mesmo que confunda. Mesmo que assuste.

Ser quem eu sou não é ofensa — é liberdade.
E liberdade não se desculpa.

Porque quem se desculpa por ser, aos poucos, vai se encolhendo.
Vai deixando de ocupar o próprio corpo, a própria história.
E eu não vim ao mundo pra caber — vim pra viver inteira.

A verdade é que a gente incomoda quando se escolhe.
Quando diz não.
Quando não sorri pra agradar.
Quando não finge estar tudo bem só pra manter a paz dos outros.

Mas não estou mais disposta a pagar o preço de me abandonar.
De ignorar minha intuição, minha natureza, meu chamado mais profundo.

A partir de agora, cada passo que dou é um reencontro comigo.
Com quem fui antes de me pedirem para ser outra.
Com a mulher que dança com a própria sombra.
Que sente tudo — e transforma tudo.

Nunca mais vou me desculpar por ser quem sou.
E que isso inspire outras mulheres a fazerem o mesmo.

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